Como a lubrificação correta da rala aumenta a vida útil e evita falhas na operação

A rala ou mesa giratória é uma das peças mais exigidas durante o acoplamento e desacoplamento dos semirreboques. Ela suporta impactos, vibrações, movimentos torcionais e cargas elevadas — por isso, sua durabilidade depende diretamente de uma rotina de manutenção bem executada. Quando a lubrificação é negligenciada, a vida útil da rala diminui drasticamente, e o risco de travamentos, desgaste prematuro e falhas estruturais aumenta de forma significativa.

Para operadores, transportadoras e frotistas que utilizam ralas de diferentes medidas — como a rala de 1000 mm, rala de 1045 mm e rala de 1100 mm — entender e aplicar corretamente os procedimentos de manutenção é essencial para preservar o desempenho e a segurança do conjunto cavalo–carreta. A seguir, você confere um guia completo sobre intervalos de lubrificação, tipo de graxa recomendada, inspeções obrigatórias e critérios técnicos para aumentar a vida útil da rala.

A importância da lubrificação correta

A lubrificação é o ponto central da manutenção da rala. Este é um componente exposto a alta pressão de contato entre o pino-rei, os anéis e o prato da rala. Sem uma película de graxa adequada, ocorre atrito metal-metal, o que acelera o desgaste das superfícies e pode gerar deformações.

A recomendação técnica é realizar a lubrificação a cada 10.000 km ou antes disso, caso o implemento trabalhe em condições severas, como:

  • operações off-road;

  • transporte florestal;

  • estrada de terra;

  • ambientes com poeira, lama ou contaminação química.

O tipo de graxa também faz toda a diferença. Utilize apenas graxa à base de sabão de lítio (NLGI 2), ideal por sua resistência à água, aderência e capacidade de suportar cargas extremas. Vale reforçar que o ponto de lubrificação deve estar limpo antes da aplicação: qualquer contaminação por areia ou partículas abrasivas pode funcionar como “lixa”, reduzindo a vida útil dos anéis.

Controle de folga entre anéis

Outro ponto fundamental é a verificação da folga vertical entre os anéis da rala, que deve ser medida periodicamente. O limite aceitável é de até 5 mm.

Acima desse valor, o operador deve investigar a causa imediatamente. Folgas excessivas são indicativo de desgaste interno, má lubrificação, uso de pino-rei irregular ou até deformação do prato. Continuar operando nessas condições aumenta o risco de travamento, descarrilamento do pino-rei e danos na quinta roda.

As ralas mais comercializadas — como a de 1000 mm, 1045 mm1100 mm — seguem o mesmo critério técnico: sempre manter a folga dentro dos 5 mm.

Fixação, torques e inspeções visuais

Outro fator que impacta diretamente na vida útil da rala é o aperto dos fixadores. A recomendação é revisar a fixação a cada 50.000 km, conferindo se os torques estão dentro dos valores especificados pelo fabricante do implemento.

Durante a inspeção, verifique:

  • corrosão na superfície;

  • trincas no prato ou nos anéis;

  • deformações causadas por sobrecarga;

  • parafusos afrouxados;

  • sinais de impactos repetitivos.

Caso seja encontrado qualquer dano, o ideal é ajustar ou substituir os componentes imediatamente para evitar falhas durante o acoplamento. Isso é ainda mais importante para frotas que utilizam implementos com quatro eixos, onde a carga exercida sobre a rala tende a ser maior e, portanto, exige manutenção criteriosa.

Como a manutenção aumenta a vida útil

Uma rala bem lubrificada e corretamente ajustada pode durar muitos anos sem apresentar desgaste crítico. Reduzem-se custos de manutenção, evitam-se paradas inesperadas e aumenta-se significativamente a segurança durante as manobras.

Além disso, aplicar essas orientações em cada revisão ajuda a preservar o pino-rei e os componentes da quinta roda, prolongando a vida útil do conjunto de acoplamento como um todo.

A Lumer e o suporte técnico

A Lumer oferece ralas de 850 mm, 1000 mm, 1045 mm e 1100 mm e 1200 mm, desenvolvidas em ferro fundido, padrão dimensional preciso e tratamento adequado para suportar cargas elevadas. Esses modelos foram projetados pensando em durabilidade e desempenho, facilitando a lubrificação e reduzindo a possibilidade de travamento.

Seguir os procedimentos corretamente, aliado ao uso de peças confiáveis, garante operações mais seguras, menor desgaste e melhor custo-benefício para toda a frota.

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